Só por hoje no mercado
Mercado doméstico segue descolado do cenário externo - até quando?
🧪 Dose diária:
🚨 O mercado se desperta para o chamado Trump trade. Esse movimento tem implicações variadas para os ativos de risco.
🔀 O que os investidores precificam em um dia, pode ser desfeito no momento seguinte. Trata-se de algo que os negócios locais estão mais habituados.
📆 Em algum momento, o mercado doméstico deve se alinhar ao ambiente externo. Ainda que seja só por hoje.
Para mais informações, leia a Bula do Mercado desta quinta-feira (18):
O mercado financeiro está despertando novamente para o chamado Trump trade, à medida que aumentam as chances de um segundo mandato presidencial de Donald Trump. Esse movimento tem implicações variadas para os ativos de risco e o que os investidores precificam em um dia, pode ser desfeito no momento seguinte.
Foi assim ao final da década passada, quando o republicano estava na Casa Branca, e pode ser assim ao longo dos próximos quatro anos. E só. Se eleito em novembro, Trump não poderá tentar uma reeleição. Desde o pós-guerra, nenhum presidente dos Estados Unidos pode ter mais do que dois mandatos - sucessivos ou não.
A não ser que, até lá, a Constituição americana mude - tal qual fez FHC aqui com a emenda da reeleição nos idos dos anos 1990. Mas a indicação na chapa de Trump do primeiro millennial para vice-presidente do Partido Republicano sinaliza uma renovação a partir de 2030. É a política, portanto, que está apenas começando a movimentar os mercados globais.
Trata-se de algo que os negócios locais estão mais habituados. Ontem, o mercado doméstico buscou proteção no dólar, que voltou a se aproximar da faixa de R$ 5,50, e embutiu prêmios nos juros futuros após novas declarações do presidente Lula sobre a questão fiscal. Já o Ibovespa se levantou da queda do dia anterior e retomou o flerte com os 130 mil pontos.
Foi um movimento genuinamente brasileiro. Lá fora, a moeda norte-americana perdeu força em relação aos rivais, à medida que a chance de início de corte nos juros dos EUA já na reunião de julho foi reacendida - por nomes como Goldman Sachs e Mohamed El-Erian. Em Nova York, o índice Nasdaq registrou o pior pregão desde 2022.
Em algum momento, o mercado doméstico deve se alinhar ao ambiente externo. Ainda que seja só por hoje.
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⏰️ Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 6h40:
EUA/Futuros: Dow Jones -0,04%; S&P 500 +0,26% e Nasdaq +0,53%;
NY: Ibovespa em dólar (EWZ) +0,17% no pré-mercado; nos ADRs, Vale +0,89% e Petrobras +0,46%;
Europa: índice Stoxx 600 +0,46%; Frankfurt +0,26%; Paris +0,58% e Londres +0,87%;
Ásia/Fechamento: Tóquio -2,36%; Hong Kong +0,22% e Xangai +0,48%;
Câmbio: DXY +0,09% aos 103.84 pontos; euro -0,08%, a US$ 1,0930; libra -0,15%, a US$ 1,2989; dólar +0,16% ante o iene, a 156,45 ienes;
Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,189%, de 4,161% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,471%, de 4,446% na mesma comparação;
Commodities: ouro +0,41%, a US$ 2.469,60 a onça na Comex; petróleo WTI +0,06%, a US$ 82,91 o barril; Brent -0,13%, a US$ 84,97 o barril; o contrato futuro do minério de ferro mais líquido (setembro/24) fechou em -1,59% em Dalian (China), a 806 yuans a tonelada métrica (US$ 111,17) após ajustes.