Outubro começa com a sensação de déjà vu
Novo mês dá início ao último trimestre e traz consigo as incertezas do período anterior
Dose diária: Outubro começa nesta segunda-feira (2) para os mercados globais e dá início também ao último trimestre do ano. Porém, os investidores têm a sensação de já ter vivenciado o cenário atual, já que o novo mês traz consigo as incertezas de setembro. Apenas uma ficou de fora. Pouco minutos antes do fim do prazo, legisladores dos Estados Unidos aprovaram uma lei que garante recursos ao governo até meados de novembro, evitando uma paralisação (shutdown). A proposta traz algum alívio aos investidores nesta manhã. Mas o foco dos mercados está na agenda da semana, em meio à expectativa pelos próximos passos do Federal Reserve. No entanto, nada deve afastar a perspectiva de juros altos por mais tempo nos EUA, repetindo o mantra que marcou o fim do período passado.
O novo mês começa nesta segunda-feira (2) para os mercados globais, dando início também ao último trimestre do ano. Porém, outubro traz consigo as incertezas de setembro, com os investidores tendo a sensação de já ter vivenciado o cenário atual. Afinal, de todos os fatores incertos que marcaram o fim do período passado, apenas um ficou de fora.
Pouco minutos antes do fim do prazo, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou a lei que garante recursos ao governo até meados de novembro, evitando uma paralisação (shutdown). A proposta aprovada na Câmara e no Senado dos EUA no sábado (30) traz algum alívio aos investidores nesta manhã.
Os futuros dos índices das bolsas em Nova York amanheceram na linha d’água, após uma sessão esvaziada na Ásia, devido ao feriado de uma semana na China. A pausa pelas comemorações dos 74 anos da Revolução Comunista limita a reação à expansão da indústria chinesa pela primeira vez em seis meses, voltando a ficar acima da linha de 50.
Mercados focam agenda
Aliás, o foco dos mercados se volta para a agenda da semana, em meio à expectativa pelos próximos passos do Federal Reserve. O destaque é, sem dúvida, o relatório oficial de emprego nos EUA (payroll), na sexta-feira (6). Antes, serão conhecidos outros indicadores sobre o mercado de trabalho, como o relatório Jolts (3) e a pesquisa ADP (4).
Também merecem atenção as aparições de vários dirigentes do Fed, incluindo o presidente Jerome Powell. No entanto, nada disso deve afastar a perspectiva de juros altos por mais tempo nos EUA. Ao menos é o que aponta o comportamento das Treasuries. O rendimento (yield) do papel de 10 anos (T-note) segue perto das máximas em 16 anos, acima de 4,6%.
Diante disso, qualquer recuperação dos ativos de risco deve ser limitada, com a rigidez dos bancos centrais deixando dúvidas se haverá um rali de fim de ano. Talvez só uma “lembrancinha de Natal”. Afinal, o barril de petróleo rumo à marca de US$ 100 põe em xeque o caráter “transitório” da inflação e mantém em voga o meme dos juros altos.
Pílulas do Dia 💊
O que acompanhar na semana: Agenda traz balança comercial, Caged e produção industrial no Brasil; payroll nos EUA. Confira.
FIDC: Modalidade de investimento passa a ter novas regras a partir de hoje. Saiba mais.
Golpe de pirâmides: Esquema com criptomoedas movimentou quase R$ 100 bilhões e destruiu patrimônio de quase 3 milhões de brasileiros. Leia aqui.
Ações de despejo: Americanas fecha uma loja a cada dois dias e meio, totalizando 25 unidades só em agosto, e é alvo de 16 ações de despejo. Confira.
Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h25:
EUA/Futuros: Dow Jones -0,02%; S&P 500 +0,01% e Nasdaq +0,16%;
NY: Ibovespa em dólar (EWZ) +0,26% no pré-mercado; ADRs da Petrobras +0,47%; ADRs da Vale +0,75%
Europa: Stoxx 600 -0,36%; Frankfurt -0,19%; Paris -0,31%; Londres -0,36%;
Ásia/Fechamento: Tóquio -0,31%; Hong Kong e Xangai fechadas devido a um feriado na China;
Câmbio: DXY +0,24%, 106.48 pontos; euro -0,33%, a US$ 1,0538; libra -0,31%, a US$ 1,2161; dólar +0,19% ante o iene, a 149,66 ienes;
Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,632%, de 4,579% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 5,117%, de 5,054% mesma comparação;
Commodities: ouro -0,83%, a US$ 1.850,70 a onça na Comex; petróleo WTI +0,93%, a US$ 91,63 o barril; Brent +0,68%, a US$ 92,83 o barril; Dalian sem pregão por uma semana devido a um feriado na China.