Mercados respiram aliviados e testam fôlego
Acordo nos EUA afasta risco de shutdown e alivia pressão nos mercados
Dose diária: Os mercados globais devem ter um refresco nesta quarta-feira (27). Os investidores respiram aliviados diante do acordo temporário nos Estados Unidos para evitar uma paralisação (shutdown) do governo a partir de domingo (1º). Mas a trégua entre republicanos e democratas é frágil. Ao que tudo indica, apenas tiraram o bode da sala e colocaram no quintal da Casa Branca. Assim, o fôlego dos ativos de risco para engatar uma recuperação hoje deve ser curto. De qualquer forma, o Ibovespa pode ter um respiro, depois de cair 1,6% em dois pregões nesta semana. Já o dólar deve continuar flertando a marca de R$ 5,00. Afinal, a ameaça de shutdown era apenas um dos fatores que elevaram a temperatura dos mercados, com a principal pressão vindo das dúvidas sobre o ciclo de juros tanto aqui quanto lá.
Os mercados globais podem ter um refresco nesta quarta-feira (27), após a onda de calor que se abateu sobre o Brasil reverberar nos negócios. Os investidores respiram aliviados diante do acordo temporário nos Estados Unidos para evitar uma paralisação (shutdown) do governo a partir de domingo (1º).
Mas a trégua entre republicanos e democratas não parece uma virada de tempo e deve manter Washington funcionando somente até meados de novembro. Assim, o fôlego dos ativos de risco para engatar uma recuperação hoje deve ser curto. De qualquer forma, o Ibovespa pode ter um respiro, depois de cair 1,6% em dois pregões nesta semana.
Já o dólar deve continuar flertando a marca de R$ 5,00. Afinal, ao que tudo indica, apenas tiraram o bode da sala e colocaram no quintal da Casa Branca. Além disso, a ameaça de shutdown era apenas um dos fatores que elevaram a temperatura dos mercados. O principal aspecto continuam sendo as dúvidas sobre o ciclo de juros tanto aqui quanto lá.
Mercados têm dúvidas
Apesar da certeza de novos cortes de 0,50 ponto porcentual (pp) na taxa Selic até o fim do ano, não está claro a continuidade das quedas em 2024. A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) ontem (26) chamou a atenção para a magnitude e a extensão do alívio nos juros básicos no médio prazo.
Isso porque não se sabe quanto mais nem por quanto tempo os EUA terão juros altos. Como dito aqui, a passagem dos Fed Funds de zero para 2% foi quase imperceptível, enquanto a escalada até 5% pegou alguns desprevenidos. Mas será que o mundo está preparado para uma nova alta em novembro e cortes só para o final de 2024 ou depois?
Essas dúvidas trazem à tona outros focos de tensão, como a questão fiscal no Brasil e a crise imobiliária na China. Mas nada disso se compara à expectativa de juros elevados por um período prolongado pelo Federal Reserve. O risco de uma taxa ainda maior para esfriar a economia dos EUA, em meio à espiral preço-salário, refreia o ímpeto dos investidores.
Pílulas do Dia 💊
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Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h30:
EUA/Futuros: Dow Jones +0,20%; S&P 500 +0,27% e Nasdaq +0,23%;
NY: Ibovespa em dólar (EWZ) ainda não tinha negociação no pré-mercado; ADRs da Vale +0,08%; ADRs da Petrobras +1,16%;
Europa: Stoxx 600 -0,07%; Frankfurt -0,22%; Paris +0,03%; Londres -0,26%;
Ásia/Fechamento: Tóquio +0,18%; Hong Kong +0,83%; Xangai +0,16%;
Câmbio: DXY +0,07%, 106.31 pontos; euro -0,11%, a US$ 1,0561; libra -0,02%, a US$ 1,2156; dólar +0,06% ante o iene, a 149,16 ienes;
Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,505%, de 4,540% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 5,059%, de 5,073% mesma comparação;
Commodities: ouro -0,36%, a US$ 1.912,80 a onça na Comex; petróleo WTI +1,65%, a US$ 91,88 o barril; Brent +1,10%, a US$ 93,44 o barril; minério de ferro (janeiro/24) fechou em +0,36% em Dalian (China), a 844,50 yuans a tonelada métrica, após ajustes (~US$ 116).