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Mercados monitoram escalada da tensão

Incertezas em relação ao Fed somam-se à escalada da tensão no Oriente Médio

Incertezas em relação ao Fed somam-se à escalada da tensão no Oriente Médio
Incertezas em relação ao Fed somam-se à escalada da tensão no Oriente Médio

Dose diária: Os mercados globais iniciam hoje a segunda metade de outubro. Até aqui, o Ibovespa acumula perdas marginais no mês, enquanto os índices Dow Jones e S&P 500 têm alta residual no período. Já o dólar subiu um pouco mais firme, com ganhos de 1,2% na primeira quinzena frente ao real. Esse comportamento errático das ações já era esperado, uma vez que outubro trouxe as incertezas que permeavam os negócios em setembro. Porém, o mês adicionou um item à lista de focos de preocupação, em meio à escalada da tensão geopolítica no Oriente Médio. Os últimos desdobramentos da guerra declarada por Israel põem os investidores na defensiva nesta manhã, em meio à ofensiva em Gaza. Em outro front, o embate com o Hezbollah na fronteira com o Líbano reduz as chances de a guerra na região ser localizada e rápida, como apostava o mercado. Na agenda da semana, o foco se divide entre declarações de integrantes do Federal Reserve e dados de atividade no Brasil e no exterior.

Os mercados globais iniciam a segunda metade de outubro nesta segunda-feira (16). Até aqui, o Ibovespa acumula perdas marginais no mês, de -0,70%, enquanto os índices Dow Jones e S&P 500 têm alta residual no mesmo período. Já o dólar subiu um pouco mais firme, com ganhos de 1,2% na primeira quinzena frente ao real.


Esse comportamento errático das ações já era esperado, uma vez que outubro trouxe as incertezas que permeavam os negócios em setembro. O movimento dos ativos de risco reflete a volatilidade no mercado de bônus desde o fim do mês passado, à medida que os investidores aceitaram a tese de juros altos por mais tempo nos Estados Unidos.


No entanto, agora que finalmente o Federal Reserve conseguiu ser ouvido, dirigentes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) mudaram o tom. Membros votantes ou não admitem que a pressão nos rendimentos (yields) das Treasuries pode reduzir a necessidade de um novo aperto na taxa - nem em novembro, nem depois. Entenda mais aqui.


É com esse jogral que os mercados precisam estar em sintonia, tendo na escalada da tensão geopolítica no Oriente Médio um item adicional na lista de focos de preocupação. Afinal, não se pode descartar os impactos do conflito nos preços de energia, em especial do petróleo, influenciando os próximos passos do Fed.


Mercados na defensiva


Aliás, os últimos desdobramentos da guerra declarada por Israel põem os investidores na defensiva nesta manhã. O Exército israelense prepara uma ofensiva por terra para ocupar Gaza o que, segundo o presidente dos EUA, “seria um erro”. Em entrevista ao programa ‘60 Minutes’, Biden falou que deve haver um caminho para a criação de um Estado palestino.


Em outro front, o embate com o Hezbollah na fronteira com o Líbano reduz as chances de a guerra na região ser localizada e rápida, como apostava o mercado. O risco de escalonamento para várias frentes simultâneas deixa em aberto o conflito na região, dada as dificuldades do governo Netanyahu atingir o objetivo de acabar com o Hamas.


Em reação, as bolsas na Ásia fecharam em queda, lideradas pelas perdas de 2% em Tóquio, ao passo que as praças europeias amanheceram sem direção única, enquanto os futuros dos índices em Nova York seguem no azul. Entre as commodities, o petróleo está na linha d’água e o minério de ferro fechou em alta na China (vide abaixo).


A semana dos mercados


Nesta semana, a retórica do Fed terá de ser novamente assimilada, em especial na quinta-feira (19), quando o presidente Jerome Powell discursa em evento sobre perspectiva econômica. “Fed boys” e “Fed girls” também falam no mesmo dia, com a rodada de declarações tendo início na véspera (quarta-feira, 18).


Um dia antes, na terça-feira (17), saem dados sobre a atividade nos EUA, com os números de setembro sobre as vendas no varejo e a produção industrial. Merecem atenção ainda os indicadores sobre o setor imobiliário norte-americano, na quarta e na quinta-feira. A temporada de balanços dos grandes bancos continua, mas traz também Tesla e Netflix.


Too big to fail: Primeiros balanços dos EUA mostram resiliência dos bancos ao juro alto do Fed. Saiba mais.

Dados de atividade também estão no radar no Brasil e na China. O gigante emergente divulga o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) referente ao terceiro trimestre deste ano na quarta-feira, juntamente com os dados do comércio varejista e da indústria em setembro, além dos investimentos em ativos fixos.


No mesmo dia, sai o desempenho do varejo brasileiro e, um dia antes, o do setor de serviços (terça-feira, 17). Já na quinta-feira, (19), é a vez do compilado do Banco Central sobre a atividade, o IBC-Br. Hoje, tem a tradicional divulgação do relatório Focus (8h25) que, aliás, tem mostrado certo pessimismo com o PIB nacional e com a queda da inflação.


Pílulas do Dia 💊

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140 mil?: ‘Dobradinha’ Fed-Israel põe em xeque o Ibovespa a 140 mil pontos. Entenda.

Sr. presidente: Empresário Daniel Noboa é eleito presidente do Equador. Leia aqui.

Gaza não: Biden diz que Israel ocupar Gaza após ofensiva seria um erro. Confira.


Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h10:

EUA/Futuros: Dow Jones +0,31%; S&P 500 +0,19% e Nasdaq +0,02%;

NY: Ibovespa em dólar (EWZ) ainda não tinha negociação no pré-mercado; nos ADRs, da Petrobras +0,39% e da Vale +0,69%;

Europa: Stoxx 600 -0,03%; Frankfurt -0,08%; Paris -0,04%; Londres +0,31%;

Ásia/Fechamento: Tóquio -2,03%; Hong Kong -0,97%; Xangai -0,46%;

Câmbio: DXY -0,15%, 106.48 pontos; euro +0,17%, a US$ 1,0529; libra +0,02%, a US$ 1,2148; dólar -0,03% ante o iene, a 149,53 ienes;

Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,694%, de 4,627% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 5,075%, de 5,050% mesma comparação;

Commodities: ouro -0,66%, a US$ 1.928,70 a onça na Comex; petróleo WTI +,014%, a US$ 87,81 o barril; Brent -0,01%, a US$ 90,89 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (janeiro/24) fechou em +1,19% em Dalian (China), a 848 yuans após ajustes (~US$ 116).


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