Espera pela Super Quarta inibe apetite por risco
Mercados emergentes sofrem antes da decisão do Fed
🧪 Dose diária:
🔃 O Ibovespa descolou-se de Nova York ontem (29), mostrando a importância do resto do mundo para o Brasil. E a história pode permanecer a mesma nesta terça-feira (30).
💸 Os investidores tomaram o risco local diante da expectativa de aceleração dos cortes na Selic e início da queda pelo Fed em março. Mas tanto um cenário quanto o outro parecem improváveis.
🤞 É essa reviravolta que está em jogo. Mas nem tudo é sobre taxa de juros. O noticiário corporativo também influencia os mercados hoje.
Os mercados começaram a semana mostrando que alguma coisa está fora da ordem. Enquanto os índices de ações das bolsas de Nova York encerraram a segunda-feira (29) próximos aos seus níveis recordes - ou renovando essa marca - o Ibovespa caiu um pouco mais. E a história pode permanecer a mesma nesta terça-feira (30).
Esse comportamento mostra a importância do resto do mundo para o Brasil, em especial a política monetária nos Estados Unidos. Como se sabe, os investidores tomaram o risco dos ativos locais em meio à expectativa de aceleração do ritmo de cortes da taxa Selic, combinada com um início da flexibilização pelo Federal Reserve já em março.
Tanto um cenário quanto o outro estão se tornando improváveis. É por isso que os mercados aqui sofrem mais do que os negócios lá fora, com a China sendo um fator adicional de pressão local. O resultado final é uma piora ainda marginal dos ativos emergentes, em meio a um ajuste de posições e de preços antes da “Super Quarta”.
Mas se o Fed decidir entregar o que o mercado espera - a saber, um corte antes do início do verão (no hemisfério norte) - o apetite por risco tende a ser revigorado, com Wall Street devendo parte da alta acumulada nas últimas três semanas. O contrário também pode ser verdadeiro, intensificando a deterioração global e ampliando o descolamento doméstico.
Agenda antes da Super Quarta
É essa reviravolta que está em jogo. Mas nem tudo é sobre taxa de juros. A agenda econômica do dia traz o relatório Jolts sobre a abertura de vagas nos EUA (12h), além dos números do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro logo cedo. No fim do dia, saem dados sobre a atividade nos setores industrial e de serviços na China.
O noticiário corporativo também agita o pregão. Lá fora, as big techs Alphabet e Microsoft divulgam seus resultados, após o fechamento. Aqui, as ações da Gol devem seguir em queda livre, agora fora dos índices da B3, enquanto a Vale reage à produção acima do esperado de metais, porém com vendas menores, o que elevou o estoque da mineradora.
Aliás, o minério de ferro fechou em leve baixa no mercado futuro chinês (Dalian). As bolsas de Hong Kong e Xangai registraram fortes perdas, em meio às preocupações com a economia chinesa, o que contamina os futuros dos índices em Nova York. Já o petróleo tem ligeira alta, assim como as praças europeias, após a Alemanha ter evitado uma recessão.
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⏰️ Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h10:
EUA/Futuros: Dow Jones -0,14%; S&P 500 -0,11% e Nasdaq -0,08%;
NY: Ibovespa em dólar (EWZ) -0,18% no pré-mercado; nos ADRs, Vale +0,07% e Petrobras +0,17%;
Europa: índice Stoxx 600 +0,32%; Frankfurt +0,11%; e Londres +0,53%;
Ásia/Fechamento: Tóquio +0,11%; Hong Kong -2,32%; Xangai -1,83%;
Câmbio: DXY -0,10%, 103.51 pontos; euro -0,07%, a US$ 1,0826; libra -0,28%, a US$ 1,2676; dólar -0,09% ante o iene, a 147,37 ienes;
Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,060%, de 4,079% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,312%, de 4,328% na mesma comparação;
Commodities: ouro +0,46%, a US$ 2.034,70 a onça na Comex; petróleo WTI +0,29%, a US$ 76,97 o barril; Brent +0,05%, a US$ 81,87 o barril; o contrato futuro do minério de ferro mais líquido (maio/24) fechou em -0,60% em Dalian (China), a 991 yuans após ajustes (US$ 138,41).