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A unanimidade pode ser burra, mas alivia

Placar unânime do Copom pela manutenção da Selic traz alívio ao mercado


Placar unânime do Copom pela manutenção da Selic traz alívio ao mercado

🧪 Dose diária:
⚽ A goleada do Copom ontem interrompeu o ciclo de cortes na taxa Selic e fechou as portas para novas quedas à frente.
🚨 Mais do que a decisão em si, foi o placar unânime na decisão que chamou a atenção. 
🤔 Porém, como disse Nelson Rodrigues, “a unanimidade é burra”. E os 9 votos a favor da manutenção parecem ser um “empate técnico”, para usar o senso comum.
Para mais informações, leia a Bula do Mercado desta quinta-feira (20):

Foi Nelson Rodrigues quem falou que “a unanimidade é burra”. Mas os 9 votos a favor da manutenção da taxa Selic em 10,50% ontem - e nenhum contra - devem trazer alívio ao mercado doméstico hoje. 


Em outras palavras, o dólar deve se afastar da faixa de R$ 5,45 e os juros futuros devem devolver prêmios ao longo de toda a curva, abrindo espaço para o Ibovespa andar na casa dos 120 mil pontos, recuperada ontem. No caso, tanto faz o sinal positivo vindo do exterior nesta manhã. 


Isso porque mais do que a decisão em si, foi o placar unânime do Copom que chamou a atenção. A goleada na votação interrompeu o ciclo de cortes no juro básico, iniciado em agosto, e fechou as portas para novas quedas à frente. 


Ou seja, o alívio monetário aqui começou pouco depois de o Federal Reserve parar de subir a taxa de juros nos Estados Unidos e terminou ainda antes do início do ciclo de queda por lá. Com isso, o Brasil segue no top 5 entre os maiores pagadores de juros reais do mundo.


Goleada ou empate técnico?


O chamado diferencial de juros, que se refere à diferença de taxa nominal mais a inflação projetada praticada aqui em relação a outras economias, deve voltar a ficar atrativo, atraindo fluxo de recursos estrangeiros em direção ao país. Ao menos na teoria. 


Na prática, os ruídos políticos e o risco fiscal ainda devem incomodar os investidores, demandando mais prêmio de risco e inibindo o apetite pelos ativos locais. Assim, somente quando o Fed começar a cortar os juros - provavelmente no segundo semestre e, quiçá, no próximo trimestre - é que deve haver uma melhora de fato nos mercados globais. 


Até lá, a volatilidade reina absoluta - ainda que em menor intensidade. Afinal, como afirmou o economista André Perfeito, a unanimidade mais pareceu um “empate técnico” - para usar o senso comum.


⏰️ Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 6h40:

EUA/Futuros: Dow Jones +0,08%; S&P 500 +0,38% e Nasdaq +0,59%;

NY: Ibovespa em dólar (EWZ) +0,89% no pré-mercado; nos ADRs, Vale +0,63% e Petrobras +0,80%;

Europa: índice Stoxx 600 +0,50%; Frankfurt +0,64%; Paris +0,68% e Londres +0,21%;

Ásia/Fechamento: Tóquio +0,16%; Hong Kong -0,52% e Xangai -0,42%;

Câmbio: DXY +0,20%, aos 105.46 pontos; euro -0,19%, a US$ 1,0726; libra -0,13%, a US$ 1,2705; dólar +0,21% ante o iene, a 158,43 ienes;

Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,257%, de 4,227% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,748%, de 4,725% na mesma comparação;

Commodities: ouro +0,04%, a US$ 2.347,90 a onça na Comex; petróleo WTI +0,02%, a US$ 80,73 o barril; Brent -0,10%, a US$ 85,24 barril; o contrato futuro do minério de ferro mais líquido (setembro/24) fechou em -0,24% em Dalian (China), a 825,50 yuans a tonelada métrica (US$ 115,29) após ajustes.



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