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Trump 1 x 0 China

Episódios do fim de semana são sinal do que deve guiar os mercados nos próximos meses

Episódios do fim de semana são sinal do que deve guiar os mercados nos próximos meses

🧪 Dose diária:
🚨 O mercado inicia a segunda-feira guiado por duas notícias do fim de semana: o atentado contra Trump e o PIB da China abaixo do esperado. 
💰 Mas engana-se quem pensa que o tiroteio de sábado na Pensilvânia provoca uma fuga para ativos seguros. Ao contrário, o chamado “Trump trade” vai ganhando força.
A repercussão dos episódios nos EUA ofusca o foco sobre os eventos vindos do outro lado do mundo. O PIB chinês registrou o menor crescimento desde o início de 2023. 
Para mais informações, leia a Bula do Mercado desta segunda-feira (15):

O mercado financeiro inicia a segunda-feira (15) guiado por duas notícias do fim de semana: a aparente tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump e o crescimento abaixo do esperado da economia da China


O chamado “Trump trade” vai ganhando força, com os investidores aumentando as apostas de vitória do candidato republicano nas eleições presidenciais em novembro. Mas engana-se quem pensa que o tiroteio de sábado em um comício de campanha da Pensilvânia provoca uma fuga para ativos típicos de refúgio, como o ouro e as Treasuries.


Ao contrário, a leitura do mercado é de que o episódio irá afetar a disputa pela Casa Branca, despertando um apetite por ativos de risco. Os futuros dos índices das bolsas de Nova York firmaram-se em alta, após uma abertura estável, ao passo que o dólar perde terreno para as moedas rivais e as criptomoedas avançam.    


Para o economista André Perfeito, o atentado contra Trump crava a vitória dele nos EUA. “A forma que os eventos estão se desdobrando reforça, mais uma vez, sua posição de favorito para a corrida eleitoral”, afirmou em comentário enviado na noite de sábado. Segundo ele, há poucas chances do Partido Democrata de Joe Biden reverter a situação. 


Aliás, o atual presidente e candidato à reeleição faz apelos públicos pela pacificação do cenário político nos EUA, tendo viva na memória a Insurreição de 6 de Janeiro. Mas ninguém rouba a cena de Trump, com o ataque a tiros deslocando os holofotes para a Convenção Nacional do Partido Republicano, quando deve ser escolhido o vice na chapa.


Enquanto isso, na China…


A repercussão dos episódios nos EUA ofusca o foco sobre os eventos vindos do outro lado do mundo. O Produto Interno Bruto (PIB) da China avançou 4,7% no segundo trimestre deste ano, em base anual, abaixo da previsão de alta de 5,1% e desacelerando-se em relação ao crescimento de 5,3% registrado nos três primeiros meses de 2024.


Foi o menor crescimento chinês desde o início de 2023. Os dados realçam a fragilidade do setor imobiliário e o fraco consumo doméstico. As vendas no varejo chinês em junho subiram 2%, no menor ritmo em um ano e meio e abaixo do esperado, enquanto a produção industrial avançou 5,3%, acima do previsto, mas no nível mais baixo em três meses.  


Com isso, todas as atenções estão voltadas para a Terceira Plenária do Partido Comunista Chinês (PCCh), que pode anunciar medidas de apoio à economia. O encontro das principais lideranças da China começa hoje e vai até quinta-feira - aliás, ocorre nos mesmos dias da Convenção do Partido Republicano dos EUA. 


Ainda que seja mera coincidência, os episódios do fim de semana e os eventos que marcam os próximos dias nas duas maiores economias do mundo são um sinal do que deve guiar os mercados globais ao longo dos próximos meses. Nesse cenário, o Ibovespa tenta dar continuidade à quinta melhor sequência de altas deste século, buscando seguir invicta em julho.


👂 Podcast

Ouça a Bula do Mercado. Clique aqui


⏰️ Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 6h40:

EUA/Futuros: Dow Jones +0,53%; S&P 500 +0,44% e Nasdaq +0,49%;

NY: Ibovespa em dólar (EWZ) +0,48% no pré-mercado; nos ADRs, Vale +0,17 e Petrobras -0,20%;

Europa: índice Stoxx 600 -0,06%; Frankfurt -0,13%; Paris -0,23% e Londres -0,05%;

Ásia/Fechamento: Hong Kong -1,52% e Xangai +0,09%;

Câmbio: DXY estável aos 104.09 pontos; euro +0,03%, a US$ 1,0911; libra -0,02%, a US$ 1,2986; dólar +0,06% ante o iene, a 157,95 ienes;

Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,213%, de 4,187% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,451%, de 4,464% na mesma comparação;

Commodities: ouro -0,31%, a US$ 2.413,30 a onça na Comex; petróleo WTI +0,22%, a US$ 82,41 o barril; Brent +0,17%, a US$ 85,18 o barril; o contrato futuro do minério de ferro mais líquido (setembro/24) fechou em +0,79% em Dalian (China), a 825,50 yuans a tonelada métrica (US$ 114,76) após ajustes.


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