Mercado quer motivos para esperar cortes nos juros
Presidente do Fed, Jerome Powell, depõe hoje e deve manter o roteiro
🧪 Dose diária:
🚨 Os mercados esperam receber na fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, motivos para calibrar as expectativas em relação aos cortes nos juros dos EUA.
❓ Os investidores querem saber o porquê precisam esperar mais um trimestre até o início do processo de alívio dos juros americanos.
🤞 Mas Powell não deve repetir a mensagem otimista do fim do ano passado, quando provocou um rali dos ativos de risco.
Para mais informações, leia a Bula do Mercado desta quarta-feira (6):
Os mercados esperam receber nesta quarta-feira (6) motivos para calibrar as expectativas em relação aos cortes nos juros dos Estados Unidos. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, depõe no Congresso a partir do meio-dia. A fala dele já foi antecipada na última sexta-feira (1º), mas espera-se novidades.
De um modo geral, Powell deve seguir o roteiro, enfatizando a necessidade de maior confiança de que a inflação cairá em direção à meta de 2% do Fed para, então, iniciar a redução dos juros. Se for só isso, dificilmente o principal evento do dia terá forças para movimentar os mercados ou ajustar as apostas.
Por ora, as chances majoritárias de início do ciclo estão concentradas em junho, mas as possibilidades foram diluídas ao longo dos meses seguintes. O placar para nova queda em julho está dividido, ao passo que um segundo corte em setembro é dado como certo, podendo (ou não) ser seguido de reduções adicionais em novembro e em dezembro.
💊 Pílulas do Dia
Vem aí…: Mais uma gigante chinesa chega ao Brasil para acirrar a competição no e-commerce. Saiba mais.
Portanto, os investidores querem saber o porquê precisam esperar mais um trimestre até o início do processo de alívio dos juros americanos. Depois que for dada a largada, esperam entender qual será o ritmo de queda a ser adotado. Para tanto, Powell não deve repetir a mensagem otimista demais dita na reta final do ano passado, quando provocou um rali dos ativos de risco.
Dia também tem dados de emprego
Isso porque os preços ao consumidor ainda mostram sinais de resiliência e acúmulo de pressão inflacionária, à medida que o mercado de trabalho nos EUA segue robusto. Ou seja, é necessária uma fraqueza adicional na criação de emprego para tirar o Fed da inércia, ainda que sem pressa em cortar as taxas.
Com isso, também merecem atenção os dados dos relatórios ADP (10h15) e Jolts (12) sobre a criação de postos de trabalho no setor privado dos EUA em fevereiro e a oferta de vagas pelas empresas em janeiro. À tarde, a agenda reserva ainda a publicação do Livro Bege (16h).
O Ibovespa deve ter mais uma sessão sob a influência do exterior, apesar dos balanços de CSN e 3R Petroleum, entre outras, previstos para depois do fechamento do pregão, bem como os números sobre a produção industrial nacional em janeiro (9h), que podem dar pistas sobre até quando a atividade precisará de estímulos monetários.
⏰️ Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h20:
EUA/Futuros: Dow Jones +0,26%; S&P 500 +0,39% e Nasdaq +0,75%;
NY: Ibovespa em dólar (EWZ) +0,40% no pré-mercado; nos ADRs, Vale +0,91% e Petrobras +0,92%;
Europa: índice Stoxx 600 +0,35%; Frankfurt +0,22%; Paris +0,25% e Londres +0,32%;
Ásia/Fechamento: Tóquio -0,02%; Hong Kong +1,70%; Xangai -0,26%;
Câmbio: DXY -0,19%, 103.60 pontos; euro +0,18%, a US$ 1,0879; libra +0,17%, a US$ 1,2727; dólar -0,29% ante o iene, a 149,68 ienes;
Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,164%, de 4,155% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,570%, de 4,562% na mesma comparação;
Commodities: ouro -0,28%, a US$ 2.136,00 a onça na Comex; petróleo WTI +1,02%, a US$ 78,95 o barril; Brent +0,72%, a US$ 82,63 o barril; o contrato futuro do minério de ferro mais líquido (maio/24) fechou em -1,08% em Dalian (China), a 874 yuans após ajustes (US$ 122,07).