O mercado não se confunde
Mercado volta a se animar com corte nos juros dos EUA e não se engana com projeção do Fed
🧪 Dose diária:
✂ O mercado volta a se animar com a possibilidade de corte nos juros dos EUA em breve. O início do ciclo em setembro é dado como certo.
🚨 E não é só isso. O mercado também prevê novas quedas até dezembro, totalizando três neste ano. Vale lembrar que o Fed indica apenas um corte para 2024.
🤔 Mas o mercado já está calejado e não se deixa mais enganar pelas projeções no dot plot. Afinal, vai que o presidente do Fed esteja se confundindo tal qual Joe Biden.
Para mais informações, leia a Bula do Mercado desta sexta-feira (12):
O mercado volta a se animar com a possibilidade de corte nos juros dos Estados Unidos em breve, após o Federal Reserve frustrar as expectativas dos investidores de queda da taxa ao longo do primeiro semestre deste ano. O início do ciclo em setembro é dado praticamente como certo, com Jerome Powell devendo sinalizar isso no fim deste mês.
O mercado não apenas acredita que o Fed vai baixar os juros neste trimestre, como também prevê novas quedas ainda em 2024. Depois de setembro, o Comitê do Fed tem outras duas reuniões (novembro e dezembro) e há quem espere cortes adicionais em ambos os encontros, totalizando três neste ano - ou ao menos mais um em algum deles.
Vale lembrar que na mais recente atualização, o Fed indica apenas um corte na taxa de juros até o fim do ano. Mas o mercado já está calejado depois do balde de água fria jorrado na primeira metade de 2024 e não se deixa mais enganar pelas projeções no dot plot. Vai que o presidente do Fed esteja se confundindo tal qual Joe Biden…
Depois da deflação do índice de preços ao consumidor americano em junho, com a taxa anual aproximando-se do menor nível em mais de três anos, a agenda do dia traz o índice de preços ao produtor nos EUA (PPI). Mas o destaque fica com a divulgação dos balanços de Wells Fargo, Citi e JPMorgan, antes da abertura, testando o rali dos grandes bancos.
À espera desses números, os futuros dos índices das bolsas de Nova York oscilam na linha d’água, sem viés único, praticamente repetindo o comportamento errático da véspera. Já as praças europeias avançam pelo terceiro dia seguido, caminhando rumo às máximas em quatro semanas.
Por aqui, o Ibovespa começou o segundo semestre de 2024 em uma direção totalmente oposta à dos seis primeiros meses deste ano. A bolsa brasileira subiu em todos os nove pregões de julho, até ontem, na maior sequência positiva desde fevereiro de 2018. A alta acumulada no período é de 3,5%, já que nem todos os avanços diários foram robustos.
Já o dólar realizou lucro e afastou-se um pouco mais da marca de R$ 5,40. Os investidores aproveitaram para colocar no bolso os ganhos recentes, após a moeda norte-americana bater máxima em R$ 5,70 no início deste mês. Em julho, o ativo acumula queda de 2,6%.
Na agenda doméstica, a ver se o desempenho do setor de serviços (9h) irá surpreender tal qual as vendas no varejo em maio, que contrariam a previsão de queda e avançaram 1,2% em base mensal. Talvez nesse caso o mercado esteja se confundindo com a capacidade de resiliência da atividade, em meio à dinâmica do emprego e renda. A conferir.
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⏰️ Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 6h40:
EUA/Futuros: Dow Jones +0,07%; S&P 500 +0,04% e Nasdaq -0,09%;
NY: Ibovespa em dólar (EWZ) -0,24% no pré-mercado; nos ADRs, Vale estável e Petrobras -0,20%;
Europa: índice Stoxx 600 +0,18%; Frankfurt +0,11%; Paris +0,51% e Londres +0,19%;
Ásia/Fechamento: Tóquio -2,45%; Hong Kong +2,59% e Xangai +0,03%;
Câmbio: DXY -0,07%, aos 104.37 pontos; euro +0,16%, a US$ 1,0885; libra +0,28%, a US$ 1,2950; dólar +0,19% ante o iene, a 159,14 ienes;
Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,228%, de 4,217% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,527%, de 4,523% na mesma comparação;
Commodities: ouro -0,52%, a US$ 2.409,40 a onça na Comex; petróleo WTI +1,00%, a US$ 83,45 o barril; Brent +0,80%, a US$ 86,08 o barril; o contrato futuro do minério de ferro mais líquido (setembro/24) fechou em +0,12% em Dalian (China), a 825,50 yuans a tonelada métrica (US$ 114,65) após ajustes.