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O mercado e suas teses

Mercado avanço na precificação da tese de ‘reflação’ no mundo


Mercado avanço na precificação da tese de ‘reflação’ no mundo
Mercado avanço na precificação da tese de ‘reflação’ no mundo

🧪 Dose diária: 
🚨 A agenda econômica ganha força, com dados sobre as vendas no varejo brasileiro e nos EUA. Mas dificilmente os números devem influenciar os mercados.
🔁 A menos de uma semana da Super Quarta, os investidores alimentam a tese da “reflação”, na qual os preços dos ativos de risco se ajustam à inflação, à espera de estímulos monetários.  
❓ Porém, não se pode ignorar o risco de não haver corte nos juros pelo Fed em junho, o que pode encurtar o espaço de queda da taxa Selic. Falta ainda confirmar essa tese para que o apetite por risco volte de vez.  
Para mais informações, leia a Bula do Mercado desta quinta-feira (14):

A agenda econômica desta quinta-feira (14) ganha força nos mercados, trazendo dados sobre as vendas no varejo brasileiro e nos Estados Unidos. Ainda assim, dificilmente os números da atividade no comércio neste início de ano devem influenciar as expectativas dos investidores em relação ao rumo dos juros aqui e lá. 


A menos de uma semana da segunda Super Quarta do ano, os ativos de risco se acomodam. O movimento de alta nas bolsas e commodities - exceto o minério de ferro - em meio a um ambiente misto do dólar e de juros ainda altos alimenta a tese de “reflação”, na qual os preços se ajustam à inflação, à espera de estímulos monetários.  


Foi por isso que ontem os mercados olharam para o retrovisor, ainda reagindo aos dados de inflação ao consumidor no Brasil e nos EUA divulgados no dia anterior. O Ibovespa seguiu a ligeira alta das bolsas de Nova York na véspera. Porém, isso não significa que o índice de preços ao produtor norte-americano (PPI), que também sai hoje, deve agitar os negócios. 


Mercado busca opções


Daí porque o foco se desloca para o noticiário corporativo, com os investidores caçando pechinchas, à medida que se preparam para o fim do mês - e do primeiro trimestre. Ou melhor, buscam pelos “perdedores” neste início de ano e fogem dos “vencedores”. Só que, enquanto Wall Street se afasta da Nvidia e migra para Apple e Boeing, a bolsa brasileira segue refém de Petrobras e Vale - as blue chips cíclicas. 


É quando o “jejum de IPOs” na B3 cobra seu preço. Sem opções para promover essa rotação nas carteiras antes da virada da folhinha, os investidores acabam alimentando os ruídos vindos de Brasília e elevam a pressão nos negócios. Mas fato é que o plano do governo de atuar nos conselhos dessas empresas está alinhado aos interesses do presidente Lula. Restaram, então, as ações dos bancos, beneficiadas pela liquidez.


Enquanto isso, o dólar continua orbitando ao redor de R$ 5,00, mas segue abaixo dessa marca. Os investidores não ignoram o risco de não se confirmar a aposta de corte nos juros pelo Federal Reserve em junho, o que, por sua vez, pode encurtar o espaço de queda da taxa Selic. Falta, então, confirmar essa tese, para que o apetite por risco retorne com força - talvez antes do fim deste semestre.


💊 Pílula do Dia 

Sem TikTok: Câmara dos EUA aprova projeto de lei que dá à empresa chinesa ByteDance cerca de seis meses para vender o TikTok antes de ser banido dos EUA. Entenda


⏰️ Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h30:

EUA/Futuros: Dow Jones +0,30%; S&P 500 +0,34% e Nasdaq +0,48%;

NY: Ibovespa em dólar (EWZ) -0,03% no pré-mercado; nos ADRs, Vale +0,16% e Petrobras +1,15%;

Europa: índice Stoxx 600 +0,33%; Frankfurt +0,25%; Paris +0,89% e Londres -0,01%;

Ásia/Fechamento: Tóquio +0,29%; Hong Kong -0,71%; Xangai -0,18%; 

Câmbio: DXY +0,03%, aos 102.82 pontos; euro -0,08%, a US$ 1,0941; libra +0,13%, a US$ 1,2813; dólar +0,05% ante o iene, a 147,82 ienes;

Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,197%, de 4,194% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,637%, de 4,641% na mesma comparação;

Commodities: ouro -0,29%, a US$ 2.174,40 a onça na Comex; petróleo WTI +0,87%, a US$ 80,40 o barril; Brent +0,78%, a US$ 84,69 o barril; o contrato futuro do minério de ferro mais líquido (maio/24) fechou em -1,22% em Dalian (China), a 809,50 yuans após ajustes (US$ 113,06). 


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