Mercado fecha mês com inflação nos EUA
PCE é o dado mais aguardado da semana no mercado
🧪 Dose diária:
🚨 Para muitos, o mês de maio já acabou. Mas quem estiver por aqui hoje, deve prestar atenção no dado de inflação nos EUA preferido do Fed.
🤞O PCE deve calibrar as apostas sobre o início do corte nos juros americanos. Ontem, a revisão para baixo do PIB dos EUA trouxe de volta à mesa a chance de o Fed não esperar até dezembro.
❓O PCE hoje põe à prova essa possibilidade. Mas o fato é que os dados econômicos divulgados nos últimos dias estão desafiando o consenso do mercado.
Para mais informações, leia a Bula do Mercado desta sexta-feira (31):
Para muitos, o mês já acabou. E o Ibovespa encerrou o período renovando a mínima do ano e alcançando o nível mais baixo dos últimos seis meses, acumulando queda de 2,5% em maio. Desde janeiro até a última quarta-feira (29), a queda do índice acionário é de 8,5%.
Daí porque os investidores tendem a seguir de fora das operações nesta sexta-feira (31) espremida entre o feriado ontem (30) e o fim de semana, que marca o início de junho. Afinal, não tem muito o que fazer para “embelezar a carteira” - apesar do desempenho positivo dos ativos brasileiros na véspera em Nova York.
Ainda assim, merece a atenção de quem estiver por aqui hoje o dado de inflação nos Estados Unidos preferido do Federal Reserve. O chamado PCE, ou índice de preços de gastos com consumo, sai às 9h30 e deve balizar as expectativas em relação ao início do corte nos juros americanos.
Ontem, a revisão para baixo do PIB dos EUA no primeiro trimestre deste ano trouxe de volta à mesa de apostas a chance de o Fed não esperar até dezembro para cortar a taxa. O PCE hoje põe à prova essa possibilidade. A previsão é de manutenção no ritmo de alta dos preços, repetindo as leituras mensal (+0,3%) e anualizada (+2,7%) de março.
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Na zona do euro, a taxa de inflação subiu pela primeira vez em cinco meses e mais que o esperado em maio, em 2,6%, de 2,4% nos dois meses anteriores e ante previsão de +2,5%. O número mais salgado levantou dúvidas sobre a possibilidade de o Banco Central Europeu (BCE) iniciar o ciclo de alívio monetário no mês que vem - à frente do Fed, inclusive.
Não à toa, as praças europeias amanheceram sem brilho. Do outro lado do Atlântico Norte, os futuros dos índices acionários americanos mantêm o sinal negativo da véspera. As commodities também recuam, após o índice oficial de atividade na indústria da China (PMI) cair abaixo de 50 pela primeira vez desde fevereiro, contrariando a previsão de alta.
Ou seja, os indicadores econômicos divulgados nos últimos dias estão desafiando o consenso do mercado. As duas maiores economias do mundo estão perdendo tração, ao passo que a inflação dá sinais de repique. Por aqui, os dados de emprego mostram um mercado de trabalho mais forte que o esperado. A ver se o PCE seguirá a regra (ou não).
⏰️ Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 6h40:
EUA/Futuros: Dow Jones -0,07%; S&P 500 -0,21% e Nasdaq -0,37%;
NY: Ibovespa em dólar (EWZ) +0,50% no fechamento ontem; nos ADRs, Vale +0,83% e Petrobras +1,04% no pré-mercado hoje;
Europa: índice Stoxx 600 -0,03%; Frankfurt -0,18%; Paris -0,13% e Londres +0,30%;
Ásia/Fechamento: Tóquio +1,14%; Hong Kong -0,83%; Xangai -0,16%;
Câmbio: DXY estável, aos 104.72 pontos; euro +0,06%, a US$ 1,0841; libra -0,09%, a US$ 1,2722; dólar +0,29% ante o iene, a 157,27 ienes;
Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,558%, de 4,556% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,952%, de 4,933% na mesma comparação;
Commodities: ouro -0,10%, a US$ 2.364,00 a onça na Comex; petróleo WTI -0,33%, a US$ 77,64 o barril; Brent -0,26%, a US$ 81,67 barril; o contrato futuro do minério de ferro mais líquido (setembro/24) fechou com -1,53% em Dalian (China), a 866,50 yuans após ajustes (US$ 121,02).