Europa repete a história e Fed deve mudar narrativa
Eleição no Parlamento Europeu derruba ativos da região, enquanto mercado aguarda Fed
🧪 Dose diária:
🚨 Os fantasmas do passado voltam a dar as caras na Europa. As eleições do Parlamento Europeu provocam uma incerteza política e derrubam os ativos da região.
💀 Mas, como se diz por aí, quem vive de passado é museu. O mercado financeiro prefere olhar para frente e aguarda a reunião do Fed, na quarta-feira (12).
🐲 Aqui, o destaque fica com o IPCA, amanhã. Na Ásia, a sessão foi esvaziada pelo feriado na China que celebra o Barco do Dragão. Seria um presságio de que os mercados devem se preparar para águas turbulentas à frente?
Para mais informações, leia a Bula do Mercado desta segunda-feira (10):
Poucos dias depois de homenagear os 80 anos do chamado “Dia D”, os fantasmas do passado voltam a dar as caras na Europa. As eleições do Parlamento Europeu, tidas como a segunda maior do mundo, provocam uma incerteza política na região e derrubam os ativos, depois que partidos da extrema-direita ganharam terreno.
O euro é negociado no nível mais baixo em um mês, reagindo à atitude surpreendente do presidente francês, Emmanuel Macron, de convocar eleições antecipadas após o Partido Nacional de Marine Le Pen obter mais de 30% dos votos. A Bolsa de Paris cai mais de 2%. Na Alemanha, a Aliança Alternativa ganhou força. Na Bélgica, o primeiro-ministro renunciou.
Os resultados sinalizam uma mudança europeia em direção à direita, mais inclinada a políticas conservadoras e até radicais, em detrimento de estratégias progressistas e verdes. Ou seja, oito décadas depois da invasão da Normandia ter estabelecido as bases para libertar o velho continente da ocupação nazista, a história parece se repetir.
Aliás, na celebração da semana passada, aliás, chamou a atenção o fato de o chanceler alemão estar entre os convidados e o presidente russo ter ficado de fora da festa - apesar de a extinta União Soviética ter sido fundamental na vitória dos aliados sobre o eixo na Segunda Guerra Mundial.
Mercado é vidente
Mas, como se diz por aí, quem vive de passado é museu. O mercado financeiro prefere olhar para frente, vivendo de futuro e de expectativas. O foco desta semana está na reunião do Federal Reserve, na quarta-feira (12). Aqui, o destaque fica com o IPCA, amanhã (11), além de dados sobre a atividade no varejo (13) e no setor de serviços (12).
Os investidores tentam adivinhar quantos cortes na taxa de juros dos Estados Unidos devem acontecer ainda neste ano. A nova projeção do Fed virá no dot plot. Em março, o chamado “gráfico de pontos” revelou um consenso de três cortes. Mas essa previsão deve ser reduzida. A questão é saber por quanto.
Enquanto aguardam a mudança de narrativa do Fed, os futuros dos índices das bolsas de Nova York sentem a agitação vinda do outro lado do Atlântico Norte. Na Ásia, a sessão foi esvaziada pelo feriado na China que celebra o Barco do Dragão.
Seria um presságio de que os mercados devem se preparar para águas turbulentas à frente?
⏰️ Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 6h40:
EUA/Futuros: Dow Jones -0,33%; S&P 500 -0,258% e Nasdaq -0,28%;
NY: Ibovespa em dólar (EWZ) estável no pré-mercado; nos ADRs, Vale -0,52% e Petrobras +0,33%;
Europa: índice Stoxx 600 -0,81%; Frankfurt -0,97%; Paris -2,12% e Londres --0,44%;
Ásia/Fechamento: Tóquio +0,92%; Hong Kong e Xangai fechadas por feriado
Câmbio: DXY +0,35%, aos 105.26 pontos; euro -0,60%, a US$ 1,0753; libra -0,17%, a US$ 1,2704; dólar +0,12% ante o iene, a 156,83 ienes;
Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,453%, de 4,439% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,885%, de 4,897% na mesma comparação;
Commodities: ouro -0,49%, a US$ 2.313,20 a onça na Comex; petróleo WTI -0,06%, a US$ 75,48 o barril; Brent -0,05%, a US$ 79,68 barril; o contrato futuro do minério de ferro mais líquido (setembro/24) não teve negócios em Dalian (China).
