Mercado deve subir, cair ou ficar parado
Em dia de divulgação de payroll, tudo pode acontecer no mercado, inclusive nada
Dose diária: Como acontece tradicionalmente toda primeira sexta-feira de cada mês, os mercados globais estão em compasso de espera pelo payroll. Isso porque em dia de divulgação do relatório oficial de emprego dos Estados Unidos tudo pode acontecer, inclusive nada. Assim, citando um famoso meme: o mercado deve subir, cair ou ficar parado hoje (6). O fato é que dificilmente os dados sobre a criação de vagas e o ganho médio do trabalhador nos EUA em setembro irão mudar a perspectiva de juros mais altos por mais tempo pelo Federal Reserve. Afinal, será preciso mais do que um único indicador para dar razões para duvidar da narrativa do Fed. Portanto, os mercados tendem a consolidar o movimento de adaptação, ao invés de desafiarem o Fed e manterem-se fiéis à convicção de que cortes nas taxas podem acontecer em breve ou de forma mais acelerada, no caso da Selic.
Como acontece tradicionalmente toda primeira sexta-feira de cada mês, os mercados globais estão em compasso de espera pelo payroll. Isso porque em dia de divulgação do relatório oficial de emprego dos Estados Unidos tudo pode acontecer… inclusive nada. Assim, citando um famoso meme: o mercado deve subir, cair ou ficar parado hoje (6).
O fato é que dificilmente os dados sobre a criação de vagas e o ganho médio do trabalhador nos EUA em setembro irão mudar a perspectiva de juros mais altos por mais tempo pelo Federal Reserve. Talvez os números possam reforçar as chances de novo aumento em novembro, que ganharam força após o susto com o relatório Jolts na terça-feira (3).
Porém, na sequência os dados da pesquisa ADP sobre a geração de postos de trabalho no setor privado norte-americano trouxeram certo alívio, enquanto ontem (5) os novos pedidos de auxílio-desemprego subiram menos que o esperado, mas o Ibovespa voltou à derrota. Nesse emaranhado de números divergentes, os investidores assumem a cautela.
Mercado pode tudo
Afinal, será preciso mais do que um único indicador para desfazer a onda vendedora (selloff) no mercado de bônus, que enfraqueceu o apetite por risco. Apesar de o rendimento (yield) das Treasuries ter se afastado das máximas em 16 anos nos últimos dias, a postura defensiva se mantém e basta um leve sopro para a tempestade voltar.
Ou seja, ainda que a geração mensal de vagas nos EUA permaneça abaixo de 200 mil pelo quarto mês seguido, a taxa de desemprego oscile em baixa e o rendimento médio anual se estabilize, os números podem ser suficientes para colocar o dólar novamente em uma trajetória global de valorização. Aliás, ontem, a moeda aqui subiu um pouco mais e encostou na marca de R$ 5,20.
Assim, independente das estimativas serem confirmadas ou não, o payroll deve mostrar que o mercado de trabalho nos EUA segue resiliente, sem dar razões para duvidar da narrativa do Fed. Portanto, os mercados tendem a consolidar o movimento de adaptação à expectativa de juros mais elevados durante mais tempo, ao invés de desafiarem o Fed e manterem-se fiéis à convicção de que cortes nas taxas podem acontecer em breve ou de forma mais acelerada, no caso da Selic.
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Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h30:
EUA/Futuros: Dow Jones +0,25%; S&P 500 +0,26% e Nasdaq +0,29%;
NY: Ibovespa em dólar (EWZ) ainda sem negociação no pré-mercado; nos ADRs, da Petrobras +0,15% e da Vale +1,33%;
Europa: Stoxx 600 +0,68%; Frankfurt +0,75%; Paris +0,68%; Londres +0,45%;
Ásia/Fechamento: Tóquio -0,26%; Hong Kong +1,58%; Xangai fechada por feriado;
Câmbio: DXY -0,02%, 106.31 pontos; euro +0,10%, a US$ 1,0562; libra +0,16%, a US$ 1,2213; dólar +0,34% ante o iene, a 149,01 ienes;
Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,736%, de 4,708% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 5,042%, de 5,017% mesma comparação;
Commodities: ouro +0,34%, a US$ 1.838,00 a onça na Comex; petróleo WTI +0,36%, a US$ 82,60 o barril; Brent +0,36%, a US$ 84,37 o barril; Dalian sem pregão por uma semana devido a um feriado na China.