Mercado atento aos bastidores do poder
O vazamento de mensagens envolvendo o então juiz federal Sergio Moro e o coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, pode ser apenas o início de um ruído político com potencial para causar maiores estragos em Brasília. Ou não. Mas enquanto a situação não for esclarecida, o mercado doméstico deve ter cautela, ficando descolado do exterior.
Afinal, as conversas vazadas desviam a atenção dos parlamentares, que já falam em abrir uma CPI, atrasando votações importantes no Congresso, como a do crédito extra, que o governo Bolsonaro queria ver aprovado hoje. A comissão mista de orçamento (CMO) tenta votar o projeto de lei pela manhã (11h), mas a oposição promete obstruir a pauta.
Até que seja feito algo de concreto a respeito do agora ministro da Justiça, nenhum projeto em tramitação na Câmara deve ser votado. O projeto que autoriza o governo a descumprir a “regra de ouro” para não incorrer em crime de responsabilidade precisa ser aprovado até dia 15. Um dia antes, uma greve geral convocada, mesmo sem forças de mobilização, tem novos motivos para o “Lula Livre”.
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