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Enquadrando a foto do mercado

Alta do Ibovespa em dia de salto do dólar e inclinação da curva de juros reflete cenário embaçado



🧪 Dose diária:
📷 A foto do fechamento do mercado financeiro ontem dá pistas da dinâmica local. O Ibovespa contrariou Nova York e renovou máximas históricas - do dia e de fechamento. 
💸 Já o dólar subiu mais de 1%, voltando a se aproximar da faixa de R$ 5,50. Nos juros futuros, a curva indica alta da taxa Selic no futuro - mas não em setembro.
🚨 Na legenda da foto, a mensagem de que a percepção de risco no Brasil aumentou. Mas como explicar os novos recordes da bolsa brasileira? 
Para mais informações, leia a Bula do Mercado desta quarta-feira (21):

A foto do fechamento do mercado financeiro ontem, quando o Ibovespa resistiu à queda em Nova York, dá pistas da dinâmica dos negócios locais. O índice de ações não apenas fechou em alta, como também renovou máximas históricas - do dia e de fechamento. O movimento ocorreu apesar do salto de mais de 1% do dólar.


A moeda norte-americana voltou a se aproximar da faixa de R$ 5,50, subindo quase R$ 0,10 em um único dia. Já a curva de juros futuros retirou prêmios da parte curta e incorporou no trecho longo. Ou seja, os investidores acreditam na tendência de alta da taxa Selic no futuro - porém, não tão próximo, por exemplo, em setembro.    


Na legenda da foto poderia estar a mensagem de que a percepção de risco - fiscal (?) - no Brasil aumentou, o que se refletiu nos DIs e no câmbio. Mas, aí, como se explica os novos recordes da bolsa brasileira pelo segundo pregão consecutivo? O cenário doméstico dos ativos de risco está embaçado. 


À espera de um ajuste


Em algum momento, será preciso enquadrar os preços, alinhando-os à conjuntura externa. Aliás, a ata da reunião de julho do Federal Reserve, que sai à tarde (15h), prepara o terreno para o discurso de Jerome Powell em Jackson Hole. A expectativa é de que ele repita na sexta-feira (23) o conteúdo do documento a ser divulgado hoje.


Seja como for, os mercados globais seguem embalados pelo tão aguardado corte nos juros dos Estados Unidos. A previsão é de que a reunião do mês que vem dê início a um ciclo de alívio - o primeiro por lá em mais de quatro anos - afastando a taxa dos maiores níveis deste século. 


Com isso, o fluxo de capital estrangeiro tende a se mover em direção aos emergentes. A propósito, o saldo parcial de investimentos externos na B3 em agosto está positivo em quase R$ 6,5 bilhões. No ano, porém, a conta segue no vermelho, em cerca de R$ 30 bilhões. Portanto, não são os gringos que estão aplicados no IPCA+ 6%. Ao contrário, eles estão se afastando dos rendimentos robustos pagos pelas Treasuries há mais de um ano. 


👂 Podcast

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⏰️ Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 6h45:

EUA/Futuros: Dow Jones +0,13%; S&P 500 +0,04% e Nasdaq -0,04%;

NY: Ibovespa em dólar (EWZ) +1,34% no pré-mercado; nos ADRs, Vale +1,54% e Petrobras +0,27%;

Europa: índice Stoxx 600 +0,24%; Frankfurt +0,35%; Paris +0,35% e Londres +0,14%;

Ásia/Fechamento: Tóquio -0,29%; Hong Kong -0,69% e Xangai -0,35%;

Câmbio: DXY +0,06% aos 101.50 pontos; euro -0,10%, a US$ 1,1120; libra -0,06%, a US$ 1,3025; dólar +0,61% ante o iene, a 146,16 ienes;

Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 3,819%, de 3,810% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,008%, de 3,992% na mesma comparação;

Commodities: ouro -0,18%, a US$ 2.546,20 a onça na Comex; petróleo WTI +0,26%, a US$ 73,37 o barril; Brent +0,29%, a US$ 77,43 o barril; o contrato futuro do minério de ferro mais líquido (janeiro/25) fechou +2,47% em Dalian (China), a 727 yuans a tonelada métrica (US$ 100,28) após ajustes.


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