Canja de galinha e codornas no mercado
Expectativa de corte no juro dos EUA anima mercado, mas frustração com Selic pesa
🧪 Dose diária:
🚨 Agenda econômica tranquila nesta semana no Brasil e no exterior permite que narrativas domésticas ganhem relevância.
⏳Enquanto lá fora cresce o entusiasmo de que o tão aguardado início dos cortes nos juros dos EUA está por vir; aqui, é grande a frustração com o fato de que a Selic não encerrará o ciclo em um dígito.
🐦Moral da história: não crie expectativas, já diriam os dilemas da Ivana. Que tal codornas?
Para mais informações, leia a Bula do Mercado desta terça-feira (21):
A agenda econômica tranquila nesta semana no Brasil e no exterior permite que narrativas domésticas ganhem relevância. Por aqui, a aposta de que a taxa Selic permanecerá estável já a partir de junho segurou o Ibovespa, que já derrapa quase 5% desde o início do ano. Porém, o dólar tem praticamente a mesma valorização percentual no ano.
A conta não fecha. O raciocínio é simples: juros mais altos no Brasil tornam o diferencial de taxas mais atrativo, despertando o ingresso de recursos externos no país. Por ora, porém, o prêmio de risco está embutido nos contratos de juros futuros, com a projeção de inflação perto dos 6% a partir de 2027 mantendo a renda fixa mais atraente.
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Já em Nova York a lógica é outra. O mercado se agradou dos dados recentes de inflação nos Estados Unidos, o que impulsionou a renda variável, apesar do tom cauteloso de dirigentes do Federal Reserve. Os índices acionários buscaram máximas recordes, com o Dow Jones rompendo a marca dos 40 mil pontos pela primeira vez na história.
Ou seja, enquanto lá fora cresce o entusiasmo de que o tão aguardado início dos cortes nos juros dos EUA está por vir; aqui, é grande a frustração com o fato cada vez mais consolidado de que a Selic não encerrará o ciclo em um dígito. Moral da história: não crie expectativas, já diriam os dilemas da Ivana. Que tal codornas?
⏰️ Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 6h30:
EUA/Futuros: Dow Jones +0,01%; S&P 500 -0,01% e Nasdaq -0,14%;
NY: Ibovespa em dólar (EWZ) -0,06% no pré-mercado; nos ADRs, Vale estável e Petrobras +0,07%;
Europa: índice Stoxx 600 -0,38%; Frankfurt -0,45%; Paris -0,80% e Londres -0,32%;
Ásia/Fechamento: Tóquio -0,31%; Hong Kong -2,12%; Xangai -0,42%;
Câmbio: DXY -0,08%, aos 104.48 pontos; euro +0,15%, a US$ 1,0873; libra +0,07%, a US$ 1,2715; dólar -0,06% ante o iene, a 156,16 ienes;
Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,430%, de 4,450% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,839%, de 4,861% na mesma comparação;
Commodities: ouro -0,74%, a US$ 2.421,00 a onça na Comex; petróleo WTI -0,48%, a US$ 78,92 o barril; Brent -0,54%, a US$ 83,26 barril; o contrato futuro do minério de ferro mais líquido (setembro/24) fechou em +0,39% em Dalian (China), a 896,50 yuans após ajustes (US$ 125,21).