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Bola dividida no mercado

  • Foto do escritor: Olívia Bulla
    Olívia Bulla
  • há 2 dias
  • 2 min de leitura
Trump quer mudar as regras do jogo com o campeonato em andamento
Trump quer mudar as regras do jogo com o campeonato em andamento

O mercado financeiro teve um passeio de montanha-russa ontem. A recuperação dos ativos de risco observada desde cedo não teve forças para durar toda a sessão e os mercados acabaram sucumbindo às incertezas no cenário da economia global, trazidas desde que as “tarifas recíprocas” foram anunciadas.


Nesta quarta-feira (09), os investidores voltam a ensaiar uma melhora nos negócios, porém, novamente sem muita firmeza. Apesar dos produtos chineses importados para os Estados Unidos estarem custando mais que o dobro a partir de hoje, com o presidente Donald Trump escalando a guerra comercial contra a China, há esperança de que a disputa não piore mais.     


A China chamou os EUA para o diálogo, pedindo cooperação nos assuntos relacionados à economia e ao comércio. A convocação foi feita através de um relatório sobre as relações comerciais e econômicas entre os dois países, com Pequim afirmando que ambas as partes podem resolver suas diferenças em uma relação mutuamente benéfica (win-win). 


A recuperação dos mercados coincidiu com a publicação do documento. Na Ásia, Xangai e Hong Kong fecharam em alta, mas Tóquio caiu quase 4%.


Portanto, essa melhora ainda é permeada de muita cautela, diante da postura dura de Trump e da falta de disposição dele em suavizar a política tarifária. Até mesmo os apelos de Elon Musk para suspender as tarifas foram ignorados, criando um confronto dentro da Casa Branca


Um jogo em que todos perdem


Dessa forma, o risco permanece alto e a chance de o dia de hoje ser igual ao que se viu ao final da semana passada e início desta nos mercados também é alta. Aos poucos, vai se entendendo o impacto da taxação de Trump sobre o mundo. Até mesmo os especialistas de plantão, que estavam otimistas com a tarifa mínima ao Brasil, mudaram de opinião.


O que está em jogo é uma disputa entre as duas maiores economias do mundo, sendo que, como disse o ministro Fernando Haddad (Fazenda) “quem armou as regras do jogo da globalização nos anos 1980 foram, basicamente, os EUA”. Só que, “40 anos depois, eles perderam o jogo” e, agora, “querem mudar as regras” para ver se, enfim, ganham a disputa. 


O problema é que o campeonato segue em andamento e não se pode dizer que os EUA foram “roubados” por seus adversários comerciais. Daí porque se essa disputa não for uma relação ganha-ganha, o placar final pode ser aquele em que todos perdem.


Fica, então, a pergunta: o que o Federal Reserve pode fazer para socorrer os mercados? A ata da reunião de março, que sai à tarde e é o destaque da agenda econômica do dia, não deve trazer a resposta. Afinal, o Fed não é o juiz desta partida.

 


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