Balanços roubam a cena dos mercados
Microsoft e Google agitam NY, com temporada de balanços a todo vapor
Dose diária: Microsoft e Alphabet (leia-se Google) reportaram resultados fortes, mas as reações díspares das ações mostram que Nova York só quer saber como a Inteligência Artificial (AI) está se manifestando nos negócios das big techs. A dúvida é qual será a próxima área ligada à tecnologia (e às inovações científicas) que tende a despontar nos mercados. Com isso, os futuros dos índices de ações nos Estados Unidos amanheceram em queda, com as perdas lideradas pelo Nasdaq. As bolsas europeias também abriram no vermelho, após uma sessão positiva na Ásia, com a divulgação de resultados a todo vapor no Ocidente. Aqui, a temporada ganha força a partir desta quarta-feira (25), com os balanços de Klabin, Santander e Weg. Enquanto isso, os investidores têm ouvidos surdos às mensagens dos líderes mundiais aos esforços diplomáticos para conter a situação no Oriente Médio. Já no Brasil, o ruído político vindo de Brasília encurtou parte do fôlego de alta do Ibovespa ontem, mas não impediu o dólar de fechar abaixo de R$ 5,00 pela primeira vez em um mês.
Microsoft e Alphabet (leia-se Google) reportaram resultados fortes na noite de terça-feira (24). Mas as reações díspares das ações no after-hours, com a primeira subindo 4% e a segunda caindo 6%, mostram que Nova York só quer saber como a Inteligência Artificial (AI) está se manifestando nos negócios das big techs.
A dúvida é qual será a próxima área ligada à tecnologia (e às inovações científicas) que tende a despontar no mercado financeiro. Daí porque os futuros dos índices de ações nos Estados Unidos amanheceram em queda, com as perdas lideradas pelo Nasdaq, enquanto o Dow Jones ensaia ganhos.
As bolsas europeias também abriram no vermelho, após uma sessão positiva na Ásia, com a divulgação de resultados a todo vapor no Ocidente. Aqui, a temporada ganha força a partir desta quarta-feira (25), com os balanços de Klabin (KLBN3), Santander (SANB11) e Weg (WEGE3), antes da abertura do pregão.
Lá fora, saem os números da Meta (leia-se Facebook, Instagram e WhatsApp) e IBM, após o fechamento. Também merecem atenção os discursos de Christine Lagarde (14h) e Jerome Powell (17h45), mas nem a presidente do Banco Central Europeu (BCE) nem o do Federal Reserve devem falar sobre política monetária, às vésperas das decisões de juros.
Enquanto procuram pistas sobre a forma como as empresas estão lidando com as elevadas taxas de juros nos EUA e na zona do euro e se os gastos dos consumidores irão mudar devido à inflação, os investidores têm ouvidos surdos às mensagens dos líderes mundiais aos esforços diplomáticos para conter a situação no Oriente Médio.
Mercados têm alívio passageiro
Já no Brasil, o ruído político vindo de Brasília encurtou parte do fôlego de alta do Ibovespa ontem. Por incrível que pareça, o adiamento da votação da taxação dos super-ricos para hoje decepcionou os investidores, que reduziram o apetite por risco nos negócios locais. Isso porque a proposta é peça central para chegar perto da meta de déficit zero em 2024.
Ainda assim, a bolsa brasileira fechou em alta de 0,9%, sustentada por Vale e Petrobras, enquanto o dólar fechou abaixo da marca de R$ 5,00 pela primeira vez em um mês (vide Pílulas do Dia). No entanto, a melhora dos ativos domésticos foi impulsionada pelo cenário externo e enquanto o ambiente estiver mais calmo, essa ‘troca de risco’ deve durar.
Vale lembrar que A Bula do Mercado não estará disponível no fim desta semana. A dose diária de informações sobre o mercado financeiro volta na próxima segunda-feira (30).
Pílulas do Dia 💊
Furou o teto: Dólar cai abaixo de R$ 5 em meio à alívio externo. Confira.
Ingerência política: Quanto do risco político é real na Petrobras? Analistas comentam.
Riqueza do Agro: Maior rede varejista de agronegócio na América do Sul mira fusões. Saiba mais.
Dia do Macarrão: Conheça 10 restaurantes para comer boas massas em São Paulo.
Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h:
EUA/Futuros: Dow Jones +0,02%; S&P 500 -0,43% e Nasdaq -0,64%;
NY: Ibovespa em dólar (EWZ) e ADRs da Petrobras sem negociação no pré-mercado; da Vale +1,32%;
Europa: Stoxx 600 -0,40%; Frankfurt -0,31%; Paris -0,48%; Londres -0,10%;
Ásia/Fechamento: Tóquio +0,67%; Hong Kong +0,55%; Xangai +0,40%;
Câmbio: DXY +0,19%, 106.48 pontos; euro -0,21%, a US$ 1,0569; libra -0,30%, a US$ 1,2122; dólar -0,02% ante o iene, a 149,94 ienes;
Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,872%, de 4,826% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 5,091%, de 5,067% mesma comparação;
Commodities: ouro -0,26%, a US$ 1.981,90 a onça na Comex; petróleo WTI -0,20%, a US$ 83,58 o barril; Brent +0,31%, a US$ 88,33 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (janeiro/24) fechou em +3,14% em Dalian (China), a 870,50 yuans após ajustes (~US$ 120).